quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Experiências Astrais de Robert Monroe


Ex-executivo e publicitário, ele afirmava ter vivênciado sua primeira experiência extracorporal em 1958, com a idade relativamente avançada de 43 anos. Sob todos os aspectos, Monroe era um homem de negócios bastante normal, sem toques excepcionais. Com curso superior, casado, com filhos, poderia ser considerado um homem mediano, sem vícios sérios ou peculiaridades especiais. Sua única "atividade não-ortodoxa", como ele a chamava, era "minha experimentação com técnicas de aprendizado durante o sono - sendo eu mesmo o aprendiz".

Monroe imaginava que esses experimentos com aprendizagem (entre os quais figurava a escuta de fitas de áudio durante o sono) talvez tivesse alguma coisa a ver com suas primeiras EFCs. Um sábado, após o almoço, começou  a perceber que estava acontecendo alguma coisa estranha, pois foi tomado de uma sensação que ele descreveu como sendo "um tipo de cãibra fortíssima, que se espalhava por todo o diafragma, ou área do plexo solar, logo abaixo das costelas. Era uma faixa sólida de dor constante". Monroe achou que podia ser intoxicação alimentar, embora nenhum outro membro da família sentisse qualquer coisa. A cãibra durou da 1:30h da tarde até por volta da meia-noite, quando Monroe adormeceu de pura exaustão. Na manhã seguinte a sensação desaparecera e, a não ser por um certo mal estar, não houve maiores consequências."Em resumo", ironizou Monroe, "talvez fosse o toque de uma varinha de condão ou quem sabe de uma marreta".

    Três semanas mais tarde, conta Monroe, novamente numa tarde de sábado, sentiu outro toque da varinha de condão, ou o que quer que fosse. Estava descansando, bem confortável, quando um raio, algum tipo de clarão que parecia vir do céu, atingiu seu corpo e provocou-lhe intensa vibração. "Estava literalmente impossibilitado de mexer-me", comentou Monroe a respeito do incidente. "Era como se eu estivesse sendo apertado em um trono". A vibração continuou durante alguns segundos e, por fim, diminuiu.

   Por nove vezes, durante seis meses seguintes, as mesmas vibrações voltaram - sempre quando Monroe se deitava para dormir ou descansar -, mas diminuíam quando ele se obrigava a sentar. Numa dessas ocasiões, as vibrações transformaram-se num anel de centelha, tendo o corpo de Monroe como eixo, no centro do círculo. "O anel podia começar na cabeça e deslizar para baixo, até os dedos dos pés, e voltar para a cabeça mantendo uma ocilação regular nessa movimentação (...) Quando o anel passava por minha cabeça, surgia um bramido e eu sentia as vibrações do meu cérebro."

Preocupado, Monroe procurou um médico da família, mas este assegurou-lhe  que ele não estava entrando nos estágios iniciais de esquizofrenia. Imaginando que algum tipo de problema físico estivesse causando esses estranhos sintomas, Monroe submeteu-se a uma série de exames médicos. Mas constatou-se que não era ataque epilético, não apresentava sinais de tumor cerebral, estava vendendo saúde. O médico sugeriu que ele diminuísse o ritmo de trabalho, dormisse mais e perdesse um pouco de peso.

As vibrações continuaram. Certa noite, enquanto Monroe permanecia deitado esperando que elas passassem, seu braço roçou o chão e ele pressionou os dedos contra o carpete. Seus dedos atravessaram o chão; Monroe aumentou a força e os dedos penetraram pelo piso até uma parte abaixo, onde tateou um pedaço de madeira, um prego entortado e um pouco de serragem. A seguir, Monroe percebeu que o braço inteiro atravessara o piso e que ele estava batendo a mão na água. Pode-se imaginar a perplexidade de Monroe. "Eu estava bem acordado", lembra ele. "Conseguia ver a paisagem iluminada pelo luar através da janela. Podia sentir-me deitado na cama, com as cobertas sobre meu corpo, o travesseiro sob a cabeça, meu peito subindo e descendo enquanto eu respirava. As vibrações ainda estavam presentes, mas num nível menor." Monroe cogitava, adimirado: "Como é que eu posso estar desperto em todos os sentidos e mesmo assim 'sonhar' que meu braço penetra pelo piso?"

Monroe comentou essa experiência com um amigo psicólogo, que concluiu ter sido um devaneiro bem convincente, se é que fora isso mesmo. Cerca de um mês mais tarde, as vibrações retornaram. Depois de um instante, Monroe tomou consciência de que algo pressionava seu ombro de forma suave e chegou a pensar que fosse a parede. Mas quando olhou em volta percebeu que não havia janelas, móveis, nem portas. "Era o teto. (...) Estava flutuando contra o teto, oscilando com suavidade a qualquer movimento que fizesse. Eu girei no ar, estremeci e olhei para baixo. Lá, sob uma pálida luz, permanecia na cama. Nela, estavam deitadas duas pessoas. A da direita era minha mulher. Alguem estava do lado dela. (...) Olhei mais de perto e o choque foi enorme. Eu era a outra pessoa na cama!"

Monroe ficou estarrecido. "Eu estava aqui e meu corpo lá. Estava morrendo, isto era a morte, mas eu não estava preparado para morrer. Em desespero, como um mergulhador, deslizei para baixo e penetrei no meu corpo. Daí senti a cama e as cobertas e, quando abri os olhos, vi o quarto já sob a perspectiva da minha cama."

Quando tornou a encontrar o amigo psicólogo, Monroe, preocupado, contou-lhe a última experiência e disse que não estava preparado para morrer. "Mas nem pense que você fará isso", assegurou o pisicólogo calmamente. "Alguns praticantes de yoga e de certas religiões orientais afirmam que podem faze-lo sempre que quiserem." "Fazer o que?" perguntou Monroe. "Ora, sair do corpo físico por alguns momentos", respondeu o amigo. "Eles dizem que conseguem ia a qualquer lugar. Você deveria tentar." Nos anos seguintes, Monroe dedicou-se a explorar as EECs o mais completa e sistematicamente possível. Manteve registros detalhados de suas supostas viagens, completando com informações verificáveis sobre os locais que visitava, na medida de suas possibilidades.

Monroe declarou que viajava em três dimensões diferentes, as quais denominou Locais I, II e III. O Local I era o mundo que todos conhecem e em geral as viagens de Monroe conduziram-no a lugares de relativa familiaridade, perto de casa. O Local II era uma história completamente diferente. Monroe tinha dificuldade para descrevê-lo e escolhia as palavras com cuidado. Começava por afirmar que: "A melhor apresentação para o Local II seria imaginar uma sala com um aviso na porta, dizendo: 'Por favor, aqui, verifique todos os conceitos físicos.'" E descrevia sua imensidão: "Local II é um ambiente imaterial com leis de movimento e matéria comparáveis apenas de modo remoto às do mundo físico. (...) Possui profundidade e dimensões incompreensíveis para a mente consciente e finita. Nessa vastidão residem todos os aspectos que atribuimos ao céu e ao inferno, que são apenas partes do Local II. Seus habitantes (se é que pode se falar assim) são entidades com diversos graus de inteligência e com as quais é possível comunicação." "Dominando tudo parece haver uma lei principal. O Local II consiste em um estado de ser, o qual nós classificaríamos como a inesgotável fonte da existência. Trata-se da força vital criativa, que produz energia, dá forma a 'matéria', e oferece canais de percepção e comunicação (...) Nesse ambiente não existe qualquer injunção mecânica (...) Você pensa o movimento e ele acontece."

O Local III, onde Monroe supostamente esteve inúmeras vezes no que ele chama de "invasões", parecia bastante mundano em comparação aos outros. Ele dizia que essa terceira dimensão era "um mundo material e físico quase idêntico ao nosso. Lá existem árvores, casas, cidades, pessoas, artefatos e todos os pertences de uma sociedade razoavelmente civilizada". No entando, observava Monroe, o Local III desenvolvera-se em bases tecnológicas um pouco diferentes; não havia eletrecidade ou combustível fóssil; seus habitantes ultilizavam-se de um tipo de energia nuclear.

Aí, dizia Monroe, sua duplicata desencarnada "se encontrava e 'se misturava', temporária e involutáriamente, com um ser que só pode ser descrito como o 'ego' que vive 'lá'. Eu, bem consciente de viver e estar 'aqui', era atraido para 'lá' e comecei a habitar o corpo de uma pessoa muito parecida comigo." A contrapartida de Monroe no Local III (a quem ele se referia como seu "eu, lá") era um arquiteto que vivia numa casa de madeira e ia para o trabalho de ônibus. Com uma educação razoável, era uma pessoa meio introvertida e não muito rica. Dentre as atividades de Monroe no Local III o casamento de sua contrapartida com Léa, uma jovem rica, mas depressiva, que tinha dois filhos do casamento anterior. A união não era muito feliz e eles se separaram. O "eu, lá" de Monroe ficou triste com a separação e prometeu que continuaria a visitar Léa, mas acabou perdendo o endereço dela. Logo depois disso pararam as "invasões" de Monroe a esse mundo do Local III.

Mas, o que Monroe fez com tudo isso? Considerando as circunstâncias pouco românticas, ele achava que não podia ser uma fuga da realidade por meio do inconsciente. "Pode-se apenas especular", disse ele, "e esse exame de si mesmo deve levar em conta conceitos inaceitáveis pela ciência de hoje em dia." Bastante diferente do aqui e agora do Local I, o Local II não era "nem passado conhecido, nem o presente e muito menos um futuro provável." Monroe pensava que "podia ser uma memória, racial ou de qualquer outro tipo, de uma civilização terrena física, que conhecia a história com antecedência. Pode haver outro tipo extraterrestre de mundo localizado em outra parte do universo, de alguma forma acessível pela manipulação do poder mental. Talvez fosse uma duplicata de antimatéria deste mundo físico terrestre, onde seríamos nós mesmos, mas diferentes, mantidos unidos através de uma força de estaria além da nossa atual compreensão".

Um comentário :

Anônimo disse...

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